Sorriso de Plantão além dos hospitais: Oficina "Construção do Palhaço Doutor" fez parte da 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas
Por Kamilla Abely
Dinâmicas, conhecimento e, como não poderia faltar, muita palhaçada. Na última sexta-feira (8), o Sorriso de Plantão esteve mais uma vez presente na 9ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. A oficina com tema “Construção do Palhaço Doutor” aconteceu na sala 2 do Pavilhão das Oficinas (Jaraguá), das 19h às 21h e foi ministrada por quatro integrantes do projeto: Rodrigo Santos, Altamiro Neto, Rhoanie Costa e Matheus Damasceno.
A oficina tratou do processo de criação do palhaço doutor, do perfil esperado nesse tipo de trabalho voluntário, das dificuldades e recompensas da interação com os pacientes e, sobretudo, com as crianças hospitalizadas. Durante a oficina, também foram abordados assuntos como a ludoterapia - base da atuação hospitalar do projeto - e a humanização, consequência do trabalho voluntário e da doação exigida nos plantões semanais.
A apresentação trouxe diversas dinâmicas que envolveu os participantes presentes, além dos relatos de experiência dos oficineiros que já atuam há anos no Sorriso de Plantão. Rodrigo Santos (21), estudante de fisioterapia e integrante do Sorriso, falou um pouco sobre a transformação pela qual passou durante 3 anos de projeto: “mudei muito enquanto pessoa, é incrível como essa experiência transformou minha visão de mundo”.
A oficina foi bem recebida pelos participantes que se interessaram pelo assunto em questão. Mayara Feijão (23), fisioterapeuta, se interessou pela programação por atuar em um projeto semelhante e ter o Sorriso de Plantão como a maior referência em ludoterapia no estado de Alagoas. “Foi muito divertido, os meninos trouxeram um pouco da essência do Sorriso nessa oficina: a diversão e brincadeiras mas ao mesmo tempo a seriedade do projeto, mostrando a vivência e os bastidores”.
“Construção do Palhaço Doutor” é a segunda oficina do projeto Sorriso de Plantão na 9ª Bienal de Alagoas. Matheus Damasceno (26), estudante de direito e Dr. Parafuso as horas vagas, ressaltou a importância dessa oportunidade de divulgar o projeto através da Bienal: “a gente conseguiu falar sobre a importância do nosso trabalho e ajudar a construir uma visão mais aprofundada sobre a imagem do palhaço doutor, principalmente em um evento de grande dimensão no estado. É sempre um prazer falar do Sorriso”.
“Essa oficina vai render muitos frutos para o projeto, foi uma experiência incrível, muito mais do que esperamos” acrescentou Rodrigo, Dr. Enérgico nos plantões de sábado.
Sobre os frutos, houve quem se emocionasse durante a oficina: Stephanne de Oliveira (26), estudante de Engenharia Química, já foi palhaça doutora em um projeto parecido no campus de Arapiraca. “Pra mim, é muito afetivo falar de palhaço doutor. Foi uma oficina nostálgica, relembrei de tudo que vivi como Dra. Peteca. A extensão, o trabalho voluntário é muito engrandecedor” afirmou a monitora da Bienal que trocou de sala para poder acompanhar a oficina do Sorriso.
Ao final da oficina, os integrantes também falaram sobre as etapas do processo seletivo do Sorriso de Plantão e esclareceram as dúvidas do público. Thaís Oliveira (20), estudante de fisioterapia, afirmou que se interessou pela oficina para conhecer melhor o projeto e participar da próxima seleção. Stephanne que também pretende participar do próximo processo, aceitou o desafio de se reinventar e construir do zero uma nova palhaça doutora, fazendo parte do Sorriso de Plantão - essa família que tanto cresce.