Pesquisa ressalta importância do Sorriso de Plantão para formação interdisciplinar dos estudantes
Trabalho aponta o projeto como uma das chaves para concretização da premissa do SUS
Com o objetivo de descrever a percepção dos estudantes de saúde sobre o trabalho interdisciplinar no Sorriso de Plantão, a terapeuta ocupacional Débora de Cerqueira Santana, que faz parte da equipe do projeto, realizou um trabalho acadêmico que ressalta a importância da formação que o Sorriso oferece aos estudantes.
O trabalho “A percepção de estudantes da área da saúde sobre o trabalho interdisciplinar: experiência no projeto de extensão Sorriso de Plantão”, trabalho de conclusão da Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) de Débora, foi publicado na Revista Brasileira de Extensão Universitária.
Foram entrevistados estudantes da saúde que fazem parte do projeto com o objetivo de entender o impacto da experiência do projeto em suas percepções, com ênfase na interdisciplinaridade. O Sorriso, por ser aberto para qualquer aluno de graduação, leva os estudantes a terem uma experiência única de convivência e importância dos múltiplos saberes no ambiente hospitalar.
Um dos grandes desafios que fazem frente ao Sistema Único de Saúde (SUS) é a interdisciplinaridade necessária à sua concretização ideal, e Débora aponta a experiência da extensão como uma solução.
“Na maioria das vezes, as discussões abarcaram a perspectiva teórica, ficando restritas aos muros da academia. (...) Para conseguirmos alcançar o cuidado integral dos usuários do SUS, seguindo o princípio da integralidade, os novos profissionais precisam experienciar a interprofissionalidade desde o início da formação em saúde”, explica a terapeuta.
A conclusão é clara: a extensão interdisciplinar forma profissionais diferenciados para o mercado de trabalho e para o cumprimento da máxima da saúde para todos: “foi possível perceber que as atividades extensionistas na formação profissional podem superar visões mecanicistas e fragmentadoras do cuidado em saúde, dando lugar a uma formação holística, capaz de gerar novas respostas às demandas contemporâneas, ampliando o potencial de cada futuro profissional”, conclui o artigo.