Colorir para Sorrir: alívio pela arte para crianças hospitalizadas
O Sorriso de Plantão, em parceria com o IFMSA Brazil UFAL, criou o programa “Colorir para Sorrir” que visa preservar a saúde mental das crianças hospitalizadas por meio da arte, proporcionando um ambiente hospitalar mais agradável às crianças internadas.
Diante da pandemia do coronavírus, o “Colorir para Sorrir” é uma medida de evitar o estresse dos pequenos pacientes devido à ociosidade na rotina hospitalar - intensificada pelo atual isolamento social. A pintura de desenhos doados pela iniciativa voluntária visa atenuar a ausência da atuação de projetos, como o Sorriso de Plantão, que tiveram suas atividades temporariamente suspensas, enquanto medida de segurança no meio hospitalar.
Na quarta-feira passada (25), o “Colorir para Sorrir” fez a doação 1600 desenhos impressos e 220 caixas de giz de cera. Cinco hospitais com alas pediátricas, em que o Sorriso de Plantão atua, foram contemplados: Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HU-HUPAA), Hospital Santa Casa da Misericórdia - Unidade Farol, Hospital Escola Dr. Helvio Auto (HDT) e Clínica Infantil Dra. Daisy Lins Brêda.
A parceria entre a IFMSA Brazil UFAL e o Sorriso do Plantão foi viabilizada pelo membro do comitê e integrante do projeto, Bruno Pellozo, que idealizou o “Colorir para Sorrir”. “Fico feliz em saber que a quarentena possui efeito benéfico na luta contra o SARS-CoV-2, sendo necessária a suspensão das atividades para evitar a transmissão. Entretanto, é triste saber que as crianças nos aguardam, mas não nos verão. Já é comprovado na literatura o efeito benéfico da ludoterapia no tratamento de pacientes, não só de crianças. E o Colorir para Sorrir foi a alternativa que encontramos para ajudá-las, assim de longe, por enquanto que nosso trenzinho não pode funcionar”, contou Bruno que veste seu jaleco e dá vida ao palhaço doutor Judokito.
Viabilização do Colorir para Sorrir
As caixas de giz de cera foram compradas por telefone na PH Importados que se solidarizou com a iniciativa e ofereceu um ótimo desconto e as impressões foram realizadas por um membro da IFMSA Brazil UFAL. A compra de materiais foi viabilizada pela coordenadora do Sorriso de Plantão, Maria Rosa, e o membro do comitê - também integrante do Sorriso - Bruno Pellozo. A futura reposição de materiais será possibilitada, de modo voluntário, pela equipe do Sorriso de Plantão.
“Nosso trem está em Coite do Noia, mas nossos corações estão com vocês! Enquanto a gente não pode se abraçar, esses desenhos representam afeto e esperança. Mantenham o sorriso no rosto e a fé no coração. Vai ficar tudo bem! Com amor, Família Sorriso de Plantão”, essa mensagem para as crianças e seus acompanhantes acompanha todos os desenhos - de personagens de animações infantis diversas e caricaturas individuais dos próprios palhaços doutores.
A disponibilização para as crianças será feita pelos profissionais da saúde de cada hospital que receberam os materiais de colorir. Os nossos heróis nessa crise mundial da saúde, linha de frente no cuidado dos infectados, também foram homenageados pela mensagem impressa nas materiais: “Aos profissionais que estão trabalhando nos hospitais, nosso muitíssimo obrigado! Sem a coragem de vocês, quem cuidaria das nossas crianças? Fiquem bem, estamos na torcida!”.
Parceria com a IFMSA Brazil UFAL
No atual isolamento social (#ficaemcasa), enquanto uma medida de contenção do crescimento da pandemia, os hospitais se tornam ambientes ainda mais restritivos para as crianças. O programa “Colorir para Sorrir” se encaixa dentro do quadro temático de Saúde Mental da IFMSA Brazil UFAL por buscar justamente amenizar esse momento de tensão, na ausência da ludoterapia, palhaçoterapia e as visitas de parentes - medida de alívio do estresse zelando pela saúde mental da criançada.
O comitê local de estudantes de medicina da Universidade Federal de Alagoas, em consonância com o Sorriso de Plantão, considera a relevância dos métodos ludoterápicos na recuperação dos pacientes enfermos. A arte, por sua vez, é uma das ferramentas dentro da ludoterapia que utiliza as formas de expressão artística com uma finalidade terapêutica - sendo escolhida pela sua viabilidade nesse momento de pandemia do COVID-19.
“Por ser membro do Sorriso de Plantão e da IFMSA Brazil UFAL, pensei nessa parceria como uma forma de sinergia na confecção dos materiais, proporcionando esse momento lúdico para as crianças que não estão recebendo nossas visitas. O programa foi aprovado no nosso sistema, sendo o 2º aprovado na área de saúde mental, fico feliz em saber que essa atividade pode inspirar outros comitês, visto que a IFMSA Brazil está presente em 157 escolas médicas brasileiras”, relatou Bruno Pellozo.
A entrega foi feita por dois membros do comitê para evitar o fluxo de pessoas no ambiente hospitalar, além de todas as medidas cabíveis de higienização e prevenção que foram tomadas. O projeto não tem período de duração previamente determinado, perdurando durante toda situação de isolamento social decorrente da pandemia. Haverá reposição de materiais caso acabem, viabilizados pelo “Colorir para Sorrir”, sob aviso dos coordenadores dos hospitais.
A IFMSA Brazil UFAL
É um comitê local de estudantes de medicina filiados pela Universidade Federal de Alagoas, filiado à IFMSA Brazil. Conta com 31 acadêmicos filiados e cerca de 150 acadêmicos vinculados, realizando ações e projetos dentro e fora da universidade, como o Projeto ‘Calouro sangue bom’, que incentiva a doação de sangue e medula óssea, como também saúde dos rins que possibilita conscientizar sobre a saúde dos rins e medição de pressão com o intuito de auxiliar a disseminar acesso à saúde; sempre objetivando construir trabalhos e produção científica através de suas ações na comunidade e dentro do meio acadêmico.
Dentro desse contexto, a instituição busca organizar cursos com apoio do corpo docente como de sutura para capacitar os estudantes para a atuação prática. Além disso, ao longo desses dois anos, recebeu nove intercambistas, dentre eles, acadêmicos de Medicina do Brasil e também internacionais, bem como enviou cerca de quatro acadêmicos para realização de estágios dentro e fora do país.