Remotamente, palhaços doutores levam sorrisos para crianças hospitalizadas
Doutores Cabeçote e Escadinha inventaram um trem virtual para visitar os pequenos
"O Sorriso de Plantão, acima de tudo, é um projeto que compartilha o amor e não há distância no mundo que nos impeça de demonstrá-lo, seja real ou virtualmente", assim o Doutor Cabeçote encerra seu relato sobre seu encontro online com um dos antigos pacientes da Santa Casa de Misericórdia de Maceió, respeitando o distanciamento social devido à pandemia do novo coronavírus.
Mas o nosso trenzinho virtual não parou por aí, ele também passou pelo Hospital Escola Hélvio Auto (HEHA) roubando muitas risadas. Quem maquinou esses vagões com muita segurança foi o Doutor Escadinha que convidou não só seus dois amiguinhos mas também as mamães que os acompanhavam para se divertirem muito.
Para a segurança dos pacientes e dos palhaços doutores, as visitas presenciais que tradicionalmente levavam alegria aos hospitais nos sábados à tarde estão suspensas. Mas os pequenos narizes vermelhos seguem procurando formas de inovar e trazer alegria para os pacientes, especialmente nesse momento de necessidade.
Doutor Cabeçote vinha sendo cobrado fazia um tempo por uma das crianças para dar as caras. “Cabeçote estava trancafiado no quarto estudando alguma forma de poder combater o coronavírus. Ele estava quase incomunicável com toda a família”, conta o relato.
Já o Dr. Escadinha, apesar de achar a ciência muito importante, resolveu deixar esse trabalho com os cientistas de verdade, além dos nossos heróis disfarçados como médicos, enfermeiros, técnicos, fisioterapeutas que continuam salvando vidas durante a pandemia.
Escadinha então conseguiu convencer seu irmão Cabeçote a sair do quarto, e depois de um longo trabalho em equipe (também com a ajuda de seus outros irmãos), eles descobriram uma forma mágica de funcionar o trenzinho e visitar os hospitais, mas sem sair de suas casas e, o mais importante: mantendo as crianças protegidas.
Cabeçote estava muito ansioso e foi o primeiro a testar, dando finalmente as caras na terça-feira (12). O menino largou seu sanduíche e correu para cumprimentar o palhaço. “O encontro foi muito lindo, repleto de saudades e de lembranças. Esse período de 1h em que eles ficaram juntos serviu para amenizar um pouco as dificuldades que todos nós e, em particular, o paciente vem passando.”, diz.
Na quarta-feira (13), foi a vez do Escadinha conduzir o trem virtual. Não perdeu tempo e logo fez amizade com os pimpolhos do HDT, ouviu a história das crianças e também contou sobre sua grande família que é o Sorriso de Plantão. Aproximou os dois amigos e suas acompanhantes que dividiam a mesma enfermaria, mas não haviam se apresentado ainda.
Adedonha, forca e três marias, as mamães prometeram ensinar suas brincadeiras e travessuras preferidas da infância, deixando o celular de lado. Com a magia da ludoterapia, Escadinha reuniu todo mundo e pediu para que todos continuassem brincando juntos, tornando o ambiente hospitalar mais colorido e cheio de esperança. Logo, logo estariam em casa e, quando tudo isso passasse, se encontrariam para brincar em um parque bem bonito.
“Sinto muita falta dos plantões e ter esse contato, mesmo que virtual, foi uma experiência incrível. É muito gratificante ter essa possibilidade de poder retornar para nossa rotina, ver o sorriso das crianças e a alegria das mães por vê-los sorrir”, relatou o Doutor Escadinha.
Com a pandemia, é importante o distanciamento social. Mas o amor e o afeto que o Sorriso leva para as crianças nos hospitais também. O projeto segue buscando maneiras de inovar e se fazer presente na vida das crianças.