A atuação da arte na saúde mental durante o isolamento ultrapassa fronteiras

“Um lápis, um pedaço de papel e um ser humano - esses três, combinados, podem resultar em muitas outras combinações diferentes”, é a livre tradução do que diz Bruno Pellozo Cerqueira sobre a arte nos hospitais, em seu artigo (em inglês) publicado no The European Sting, um projeto europeu independente que tem o objetivo de formar pensamentos críticos sobre fatos recorrentes na união europeia e no mundo.

O estudante, que cursa medicina na Universidade Federal de Alagoas, é membro do comitê da IFMSA Brazil UFAL e integrante do sorriso de plantão. O artigo Which role does art play in the COVID-19 pandemic?, traduzido como: Que papel a arte desempenha na pandemia do COVID-19?, trata sobre a importância da saúde mental no contexto da pandemia. Países inteiros veem-se obrigados a se manterem em isolamento social para conservar a saúde física, surge então a questão: como preservar também a saúde mental?

A iniciativa do projeto Colorir para Sorrir, desenvolvido pelo Sorriso de Plantão e IFMSA Brazil UFAL, é mencionada. O projeto, que já doou 700 caixas de giz de cera e por volta de 7000 desenhos para crianças de 07 hospitais de Maceió, tem o objetivo de por meio da arte diminuir os impactos que o isolamento gerado pelo coronavírus têm causado - principalmente nas crianças. 

A arte é uma resposta que envolve a todos. Como foi levantado por Bruno Pellozo, a importância da arte não se restringe às crianças: a arte de desenhar, em especial, vem para unir todas as idades. Todos vivenciam em menor ou maior grau as tensões da situação em que estamos, os idosos e crianças foram tirados de suas rotinas e, para além deles, o lar se tornou um espaço de confinamento para muitos. 

Expressar os sentimentos, pensamentos e desejos faz parte da natureza humana e é um requisito para a felicidade, que é almejada em todos os períodos da vida. Para muitos as artes são um caminho de expressão. Agora mais do que nunca, existe a necessidade da liberdade que a pintura traz, a unidade com o ambiente que pode ser conquistada através dela. É necessária a sensação de que apesar dos tempos difíceis, sempre podemos nos reinventar e que independente da idade, podemos aprender a ser feliz com as coisas simples, como um lápis e um pedaço de papel.

Confira o artigo de Bruno Pellozo Cerqueira: Which role does art play in the COVID-19 pandemic?