Relatos de um Palhaço: Dr. Ya Mas Não Foi

Relatos de um Palhaço: Dr. Ya Mas Não Foi
Dr. Ya Mas Não Foi faz parte da Equipe HGE.

E chegou a hora de nos encantarmos com mais um "Relatos de um Palhaço". Hoje teremos o Dr. Ya Mas Não Foi nos contando tudo o que abrange ser um Palhaço Doutor, tudo que nos move a realizar esse trabalho com o maior amor que há nos nossos corações e tudo de bom que recebemos com isso.

Fique agora com essa definição mais que exata do que nós somos wink

 

 

"Ser um palhaço doutor é..."

 

     Ser um palhaço doutor é uma tarefa deveras encantadora, quiçá mágica. É amar, incondicionalmente amar. Não é apenar fazer rir, não é apenas pintar o rosto e contar algo engraçado, não é apenas soprar bolhas de sabão. É olhar no olho, é dar uma palavra amiga, é espalhar alegria, é sorrir com o coração...

 

     Ser um Palhaço doutor te leva a um mundo onde a tristeza não passa apenas de uma palavra, um lugar onde um sorriso arrancado (de dentes amarelos, bocas enormes, de olhos tímidos ou até mesmo sem dentes) liberta uma paz que percorre todos aqueles corredores monótonos, mesmo que seja uma vez, tocando o coraçãozinho de cada um que olho pra o sorriso de um palhaço doutor e da criança.

     

     Ser um palhaço doutor é se colocar ali de corpo e alma, quase sempre mais alma que corpo, e despejar tudo de melhor e mais alegre que você tiver com um único intuito: fazer alguém feliz.

 

     Ser um palhaço doutor é alegrar o coração de uma mãe guerreira que tem a maior alegria do mundo ao ver seu filho abrir um sorriso, mesmo que muito tímido, após uma brincadeira de um palhaço doutor.

 

     Ser um palhaço doutor é sair de um plantão com o coração partido ao ver aquela criança que no começo do plantão te olhou estranho, te rejeitou e não quis te dar um sorriso, ficar triste ao ter que se despedir de você. Mas, mais que isso, ser um palhaço doutor é ficar extremamente feliz em voltar dias depois naquele hospital e perceber que a criança já voltou pra sua casa bem, e que de alguma maneira você influenciou a vida dela, você tocou o coração dela.

 

     Ser um palhaço doutor, também, requer forças ao ver uma criança chorando naquele lugar onde ela não deveria estar. Requer forças ao ver uma mãe que está cansada, sem dormir, preocupada, chorando e ao lado do filho, lhe protegendo e orando para saírem dali e voltarem para o aconchego de casa. Ser palhaço doutor é também lidar com a perda inevitável, ouvir choros e ter que voltar a brincar no mesmo momento, pois alguém ali precisa do seu sorriso.

 

     Ser um palhaço é se conectar a Deus, mesmo que não perceba no momento. É pedir para uma criança cantar pra você e ela canta uma música que reflete o que ela é: uma raridade. É se encantar quando da boca dela começa a entoar uma linda letra e melodia: você é precioso, mais raro que o ouro puro de ofir, se você desistiu, Deus não vai desistir, Ele está aqui pra te levantar (...).

 

     Ah, ser palhaço doutor é amar, é soltar uma bolha de sabão na esperança de soltar com ela as tristezas, afim de que ela se afaste, estoure e despareça. É pegar na mão e caminhar junto, é pular de um lado pro outro querendo pular as angústias, é desenhar um lindo mundo mais colorido sonhando em vivê-lo, é carregar no colo as dores do outro, é olhar e sorrir com o coração, é viver, é sorrir, é amar, é apenas ser um palhaço doutor...

Dr. Ya Mas Não Foi

 

Sorriso de Plantão: O engraçado é porque é sériocheeky