Relatos de um Palhaço: Dr. Ya Mas Não Foi II
Oioi genteee!
Depois de tanto tempo sem "Relatos de um Palhaço", hoje teremos um relato especial feito pelo nosso querido irmão Dr. Ya Mas Não Foi, nos contando sobre os desdobramentos que um Palhaço Doutor passa em um plantão para poder prestigiar todas as crianças.
Fique agora com mais esse relato!
O dia em que um palhaço se vira nos trinta para brincar de carrinho e boneca!
Tem Palhaço Doutor que gosta de ficar conversando e brincando com uma criança só, tem Palhaço Doutor que corre de um lado para o outro com uma criança, duas, três, um quarteto todinho, dá de tudo um jeito, em água até dá nó.
Eu sou um desses últimos, e nesse plantão o Dr. Ya Mas Não Foi fez a festa. Ele estava há um tempão sem poder plantonear, mas voltou com energia super-power-mega.
De cara, ele encontrou um príncipe encantador e cheio de energia chamado C., que não parava quieto e chamava toda a atenção, fazia muito fuzuê. Soprar balão, jogar bola, desenhar, correr, estourar bolinha de sabão, de tudo o príncipe C. fez o Dr. Ya brincar, até que o Dr. Ya desaguou em suores de alegria.
Resolveu sentar um pouco com uma linda menininha que o observava brincar, ela estava ali quieta, calada, ás vezes levantando só um olhar. Era a Princesa “Letixa”, cabelos longos, igual rabo de lagartixa (esse era o nome que ela me disse que sua mamãe havia lhe dado, quando nasceu de uma rosa de leite e um cravo).
Ela, meiga do seu jeitinho, meio brava no início, se rendeu em um sorriso quando uma bola de sabão eu estourei. Pediu-me o “sopra-bolha” um pouquinho, abriu vários sorrisinhos, mais um coração eu conquistei.
O Príncipe C. de novo queria brincar, puxou-me pelo braço para algo eu inventar. Eu com alegria disse assim: vamos para a brinquedoteca, brincar com um “carrin”? Ele disse que sim, eu disse então vamos. Dei alguns passos, mas virei-me e olhei para o banco. Princesa Letixa, estava lá a nos olhar. Eu via em seus olhos, ela queria conosco brincar.
Perguntei se para a brinquedoteca ela iria, comigo, com C. e com sorrisos. Ela desceu do banco ao lado de sua mamãe. Peguei em sua mão, saímos dentro de um balão a cantar. Chegando lá o palhaço Ya pirou: bonecas, carrinhos, jogos, e duas crianças para dar amor.
O palhaço Ya então teve uma ideia de nascer cabelo em careca: brinco um segundo de carrinho com C. e um segundo com Letixa, de boneca.
O palhaço Ya corria de um lado atrás do carrinho com o príncipe C., lavava do outro lado, roupa de boneca com a princesa Letixa. O palhaço Ya suava, corria, cantava, sorria, mas olha só, o quanto ele se divertia.
Até arrumar o cabelo da boneca o palhaço Ya arrumou. Chapinha, pente, com a Letixa ele passou. Até o príncipe C., ao ver o cabelo bagunçado do palhaço, todo desarrumado, não aguentou aquele fuzuê. “Passá apinha” ele disse, arrumou o meu cabelo para valer.
No final, o palhaço Ya foi de despedir, pediu de coração, ao universo, ao ser lá de cima grandão, que nem C., nem Letixa, estivessem no próximo plantão. Que eles se recuperassem, sorrissem bem muitão por ai. E o príncipe C., dando um beijo com a mão, se despediu de mim á sorrir.
Dr. Ya Mas Não Foi
Sorriso de Plantão: Um Sopro de Vida no Sei Coração