Relatos de um Palhaço: Drª. Torre Eiffel
Boa noite gente!
Voltamos com mais um "Relatos de um Palhaço" e o de hoje com a nossa irmã, Drª. Torre Eiffel, nos contando sobre como cada plantão nos marca de uma forma diferente!
Fique agora com mais esse lindo relato.
Tem sorriso de plantão pra todo mundo!
Que cada plantão é diferente do outro, embora você encontre alguns rostinhos já conhecidos no hospital, não é novidade pra ninguém. Mas a forma como cada plantão marca o palhaço doutor, ahh.. isso é simplesmente SORRISO!
A cada sábado a gente se despede de todos os problemas pra dar lugar a um sorriso no rosto e levar o melhor (amor) de nós aos pequenos do hospital, a gente só não espera que esse amor atinja também aos pequenos que já são bem grandinhos e que estão ali no papel de pais, tios e tias e nesse caso, de avó.
No último plantão da Drª Torre Eiffel ela subiu as (sete, isso mesmo, SETE!!) rampas do HGE com um sentimento de “tô esquecendo alguma coisa”, sabe quando a gente não tira algo da cabeça, mesmo não tendo realmente esquecido nada? O que ela não sabia é que talvez o que ela tinha esquecido não era algo palpável, algo material, mas que com certeza, ao final do plantão ela havia se lembrado o que era, ou melhor, a experiência vivida naquele plantão e numa certa enfermaria a tinha despertado.
Os acompanhantes são sempre curiosos para saber de onde vem os palhaços doutores, o que eles fazem, se trabalham, se estudam .. Naquele plantão as indagações vieram de uma senhora: “Vocês trabalham aqui é?”, Drª Torre sorriu e respondeu “Trabalhar vó? Tenho idade pra trabalhar não, só tenho 8 anos.” E assim seguiu o diálogo.. A cada pergunta era uma reação diferente da senhora, ela achou que Drª Torre estava brincando, veja só.. Como poderia brincar com sua própria historia e de seus irmãos? Ela nos deu até uma sugestão, que voltássemos pra Coité do Nóia de ônibus, e não de trem, afinal Coité é longe, mesmo tendo uma estação de trem bem pertinho do hospital.
Mas não tem jeito para os palhaços.. É o trem que sempre passa.
Ao final do plantão, quando o nosso trem chegava para nos buscar, Drª Torre foi passando nas enfermarias para se despedir. Ao chegar na enfermaria onde estava a senhora com quem havia tido uma conversa, muito proveitosa, percebeu no brilho dos olhos da “vó”, no beijo e no aperto (forte) de mão que recebeu o que tanto sua cabeça achava que tinha esquecido: a criança dentro da gente não envelhece nunca!
Drª. Torre Eiffel
Sorriso de Plantão: Um Sopro de Vida no Seu Coração